Minha história começou na cidade de Londrina, minha primeira experiência como colportor estudante, primeira férias do curso de Teologia no antigo IAE – Campus Engenheiro Coelho que passou a ser UNASP.Fui enviado pelo líder de colportagem para um bairro distante da cidade e muito pobre, as pessoas que viviam lá, não tinham condições de adquirir nosso material, mas era como um teste para ver se tinha aprendido a lição técnica do trabalho, aliás, desculpe, é proibido para um colportor dizer a palavra trabalho.
Fomos em dupla e em cada casa era um que dava a oferta e eu cheguei em uma das casas e comecei a conversar com um senhor sentado em uma cadeira na varanda de sua casa, com ele estava uma menina de mais ou menos 10 anos de idade e eu comecei a falar tudo que aprendido no treinamento e o senhor não esboçava nenhuma reação, enquanto eu falava ele nem balançava a cabeça, eu pensei comigo, estou perdendo tempo, mas continuei até o final para testar meu fechamento.
Surpresa minha que ao final ele disse: "eu vou ficar com a coleção", então eu disse a ele: mas eu ainda não mostrei ao senhor os outros livros, o senhor quer dar olhada antes de fazer seu pedido? Ele disse: “Não menino, eu sou cego, não posso ver”, então minha surpresa foi maior ainda e acabei perguntando, então porque o senhor quer comprar um livro se não pode ler, nem mesmo ver as figuras? Ele então respondeu: “Se esse livro tem tudo que você me disse, então eu preciso dele e para ler eu tenho a minha filha, ela lê para mim”.
Essa é uma história, você também deve ter uma, envie para nós historiadecolportor@gmail.com
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